domingo, 29 de março de 2015

Os quatro reinos autistas

Por Alysson Muotri

“O autismo é, para as doenças neurológicas, o mesmo que a África para os assuntos sociais”, definiu o jornalista Caryn James, em declaração publicada no “New York Times”, em 2007. Com a frase, James buscou enfatizar o emergente reconhecimento público sobre o autismo durante a década passada. Movimentos emergentes pro-África acabaram por polarizar opiniões dos envolvidos, causando certa confusão na percepção pública sobre o assunto. Afinal como ajudar a África? O mesmo acontece com o autismo hoje em dia.

Parte da polarização de opiniões sobre o autismo está relacionada com seu caráter heterogêneo: chamamos de autista um garoto de seis anos de idade que não fala, um jovem de 20 anos que estuda computação e tem “tiques estranhos” e um homem de 40 anos que segue uma rotina religiosa e não tem interesse na vida social. “Autismos” seria a melhor definição para esse espectro de comportamentos sociais. Não existe um autismo típico, cada caso tem sua própria natureza. A outra contribuição da polarização vem dos profissionais de saúde. Pessoas com autismo são vistas sob óticas diferentes dependendo do profissional – seja pediatra, neurologista, psiquiatra, terapeuta comportamental, dentista, psicólogo, fonoaudiólogo ou tantos outros que se relacionam com o autista.

É a velha história dos cegos e do elefante, em que cada um apalpa uma parte do bicho e acredita estar diante de um objeto diferente. Cada um tem uma perspectiva diferente da condição autista, com opiniões fortes de como o autismo deve ser encarado e tratado. Outros ignoram completamente o problema, buscam aceitação, levantando a bandeira da diversidade, rejeitando opções de tratamento e cura. É óbvio que isso tudo deixa os familiares confusos e pulveriza a força politica pró-autista.

Pois bem, no espírito da conciliação, de encontrar o que é comum e válido entre as diversas tribos pró-autistas, proponho quatro perspectivas de comunidades interessadas em autismo que se especializaram tanto na forma como falam sobre o autismo que se tornaram reinos ou feudos isolados e distintos. Cada reino tem suas verdades, mas todos falham na tentativa de entender ou mesmo reconhecer que suas verdades não são aceitas fora de suas fronteiras.

Primeiro Reino: o autismo como doença. A condição autista foi descrita pela primeira vez pelo médico Leo Kanner em 1943. Desde então, a pesquisa médica tem sido focada encarando o autismo como se fosse uma doença. Nesse reino encontram-se médicos, pesquisadores, familiares e pacientes. Todos veem o autismo como uma doença do cérebro que pode ser tratada com medicamentos. Investigam a melhoria do diagnóstico, intervenções e a cura como objetivo final. Teorias médicas evoluíram da mãe-geladeira para formas complexas da neurogenética. Buscam-se marcadores moleculares da doença e novas drogas. Ao contrário dos que veem o autismo como uma deficiência, buscando melhores serviços e suporte, esse reino foca na lógica puramente científica para justamente reduzir o número de serviços e suporte dado ao autista. Querem cortar o mal pela raiz.

Segundo Reino: o autismo como identidade. Nesse reino, os integrantes substituem a classificação de autismo como doença por uma questão de diversidade – ou mesmo de  identidade. Esses, juntos com as comunidades de deficientes, veem o autismo como sendo apenas mais uma entre milhares de variações cognitivas da humanidade, com necessidade de aceitação, não de cura. Pessoas com autismo leve que podem viver de forma independente, mas que não se sentem totalmente acolhidas socialmente, fazem parte desse grupo. Em vez de buscarem formas de se tornarem “normais”, focam na inclusão e aceitação social. Exigem reconhecimento de que o autismo é uma forma de pensar diferente, que pode produzir soluções inovadoras para problemas difíceis. Muitos veem os resultados genéticos como uma forma de eugenia, não acreditam em explicações de causalidade e acham que tratamentos são uma forma compulsória de conformismo social. Como as comunidades de deficientes, membros desse reino buscam apoio da sociedade, melhorias educacionais, serviços ocupacionais e direitos cívicos.

Terceiro Reino: o autismo como lesão. Talvez um dos argumentos mais acalorados sobre o autismo seja o papel da vacina como causadora de uma lesão levando ao autismo. Membros dessa comunidade são pais que observaram regressões de desenvolvimento de suas crianças após vacinação. Mesmo frente a fortes evidências epidemiológicas de que vacinas não causam autismo, defensores dessa teoria sugerem que esses estudos estejam mascarando casos raros que foram causados por vacinas. Ao contrário do grupo anterior, os pacientes autistas nesse caso são afetados de formas severas, não verbais, com disfunções imunológicas, gastrointestinais e ataques epiléticos. Familiares desse grupo, sentindo que a ciência e medicina ainda não geraram medicamentos eficazes, buscam alternativas como dietas específicas e desintoxicação, entre outras. A grande distinção desse grupo é que acreditam o autismo fora causado por uma determinada lesão cerebral, causada por algum episodio específico na historia de vida do individuo. Portanto, levantam a bandeira da prevenção, reconhecendo que ao descobrir a causa poderíamos frear a prevalência do autismo.

Quarto Reino: o autismo como modelo. Da mesma forma que cientistas usam a cegueira para entender o sistema visual, membros desse grupo buscam no autismo a oportunidade de entender o cérebro social. Esse grupo é composto primordialmente por neurocientistas interessados em compreender o comportamento social humano, usando ferramentas como neuroimagem e neuroanatomia em tecidos cerebrais. O objetivo é mapear o cérebro para encontrar vias nervosas que processam informações socais específicas, tais como reconhecimento de faces, postura em grupo e teoria da mente. Esses cientistas apostam em modelos animais ou estudos de ressonância magnética do cérebro humano como instrumentos importantes para se ganhar insights sobre a natureza humana, sem necessariamente se preocupar com a causa ou cura do autismo.

Reconheço que esses quatro reinos não necessariamente representam todo o universo do espectro autista. No entanto, descrevem de forma ampla perspectivas distintas que hoje em dia dividem opiniões sobre o autismo. Esses feudos criaram estruturas super organizadas como sociedades profissionais, ONGs ou redes sociais, para se fortificarem. Infelizmente essa atitude serviu também para criar barreiras entre si, dificultando interações construtivas e trocas de idéias entre seus membros menos extremistas. Assim, podemos entender as críticas que sofrem os geneticistas, que veem o autismo como doença e buscam diagnóstico pré-natal, que seriam agentes abortivos dos autistas da próxima geração.

Mas quem afinal está certo? Da mesma forma que ainda não sabemos qual a melhor politica para ajudar a África, não existe uma resposta clara para o autismo. É provável que todos os cegos estejam certos parcialmente. O importante é notar que cada um dos reinos autistas tem oportunidades de oferecer algo de construtivo. Precisamos tanto de melhores diagnósticos e tratamentos, como melhores serviços, estratégias de prevenção e um entendimento mais apurado do cérebro social humano. Acredito que quanto mais os membros desses grupos se mantiverem isolados, pior será para o autismo. Acho que deveríamos buscar o oposto, abrindo a fronteira desses reinos e favorecendo a fertilização cruzadas de ideias. Essa atitude pode mostrar o que existe de comum entre esses reinos. Por exemplo, a luta por melhores serviços profissionais que atendam a demanda autista. Outro exemplo seria a de criar um centro de excelência que testasse sem bias idéias vindas das diversas áreas. Propus algo assim para o Brasil recentemente e fiquei pasmo com a recepção positiva de pessoas com opiniões bem diferentes sobre o autismo o que sugere que a proposta mereça ser considerada.

Com o crescente número de crianças autistas tornando-se adultos com autismo, a situação começa ficar crítica e requer ação imediata. Penso que nada de muito positivo vá acontecer se cada grupo insistir na sua própria visão. Será uma pena olharmos do futuro para o que acontece hoje e concluirmos que poderíamos ter lutado juntos por algo transformador, buscando cooperação ao invés de conflito. Acho é possível unirmos forças para atingir metas a curto prazo, como melhores escolas para os autistas, e também soluções a longo prazo. Dessa forma teremos um mundo melhor para crianças e adultos autistas.


sexta-feira, 27 de março de 2015

Editando o genoma humano

Muitas novidades científicas, discutidas amplamente em âmbito internacional, às vezes demoram a chegar no Brasil. Na área de células-tronco isso é ainda mais preocupante. Lembro que o país ainda refletia sobre o uso de células-tronco embrionárias humanas quando o mundo já tinha deixado essa discussão de lado pela reprogramação genética. Acredito que a restrita massa crítica nacional nessa área, somando-se à superficialidade das relações internacionais típicas da nossa comunidade científica, sejam parte do problema. Mas isso não vem ao caso agora.

Recentemente, grupos de cientistas de diversas nações vêm se reunindo para discutir restrições ao uso de enzimas de edição do genoma em células-tronco pluripotentes. A ideia é gerar um moratório sobre alterações no DNA que possam ser transmitidas de forma hereditária. O assunto é polêmico e importante, por isso resolvi tratá-lo aqui, na esperança de alertar autoridades nessa área do conhecimento para que o país não continue passivo nessas discussões.

Nas últimas décadas, enzimas artificiais que modificam o DNA tem ficado cada mais fáceis de usar e acessíveis. Além disso, nos últimos anos essas enzimas estão cada vez mais específicas, como no caso das CRISPR/Cas9, enzimas altamente eficientes. É difícil encontrar um laboratório de biologia molecular hoje em dia que não esteja utilizando essas ferramentas.

A facilidade assusta: da mesma forma que a tecnologia pode ser usada para corrigir defeitos genéticos em doenças humanas, pode também ter aplicações estéticas ou cognitivas, como a busca de uma maior inteligência. De forma simples, pode-se hoje em dia manipular a hereditariedade humana, algo que alguns anos atrás era considerado apenas teórico. É justamente esse o dilema ético que está sendo fervorosamente discutido no mundo.

Com o poder de reparar ou alterar qualquer gene humano, estamos nos confrontando com uma questão fundamental sobre decidir o futuro genético da humanidade daqui para frente. Seria tomar o controle ativo da nossa própria genética, interferindo nas forças naturais da seleção natural.

Na Europa e nos EUA, a ideia é criar um consenso sobre o uso dessas ferramentas de edição genética. Nos EUA, por exemplo, é muito provável que qualquer uso humano tenha que ser aprovado pelo FDA (Food and Drug Administration), órgão fiscalizador americano.

Porém, existe uma preocupação com países que ainda não começaram a perceber importância dessas discussões e, portanto, estariam ainda relaxados ou desprevenidos nas questões regulamentais. Uma preocupação é do estabelecimento de clínicas em “paraísos biotecnológicos mais flexíveis”, se aproveitando do atraso nessa discussão ética para começar trabalhos envolvendo edição de células germinativas.

Ao contrário do conceito de terapia gênica, cujas alterações genéticas morrem junto com o indivíduo, a manipulação em células germinativas propagaria novas variantes genéticas direto no pool genético de populações humana. As consequências são difíceis de se imaginar, pois sabemos muito pouco sobre como o ambiente altera ou interage com o genoma. O mesmo pode-se dizer quando aplicarmos esse conhecimento em modelos animais: corremos o risco de alterar completamente a biosfera, afetando o estilo de vida de diversos seres vivos no planeta.

Do ponto de vista ético, existem pelo menos duas visões sobre a modificação em células germinativas: uma é pragmática e busca o balanço entre o risco e o benefício; a segunda sugere que a humanidade teria que impor limites no que é possível.

Na teologia, católicos são, em geral, contrários à ideia de “brincar de Deus”. Já outras religiões, como o islamismo, acreditam que é função humana melhorar o mundo. Dá para perceber que não existe consenso e será preciso discutir o assunto considerando diferentes perspectivas.

Semana passada, a Sociedade Internacional de Células-Tronco divulgou um memorando dando apoio ao uso científico, em laboratório, mas restringindo o uso clínico dessa tecnologia de edição genética, pelo menos por enquanto. Acredito que a maioria dos países irão se posicionar rapidamente sobre o assunto, pois diversos grupos privados já estão se armando para oferecer esse tipo de alteração genética em futuras crianças.

Acredite, leitor, estamos vivendo um momento transformador, mesmo que você nunca tenha ouvido falar sobre isso antes pela mídia convencional. Estimular essa discussão fascinante no Brasil irá aproximar nossos cientistas e políticos das decisões internacionais nessa área, auxiliando a otimizar as discussões feitas pela sociedade brasileira no nascimento de uma nova era na biologia e genética. Não podemos perder o bonde mais uma vez.



quinta-feira, 26 de março de 2015

Combate à corrupção com transparência e controle social


Por Flávio Dino
A corrupção está no centro da agenda política nacional. Sem dúvida, é uma crise de grandes proporções. E em momentos de crise, as democracias maduras devem produzir pactuações que iniciem ciclos virtuosos para o futuro. No caso brasileiro, a pactuação que precisamos é olhar para o futuro e estabelecer um grande consenso entre governo e oposição sobre o aprimoramento de normas institucionais que combatam esses problemas adiante.
Não é momento de ficar apenas competindo sobre o passado. É chegado o momento de tomar medidas concretas que construam um futuro melhor, cada um fazendo a sua parte. No início da semana que passou, estive em Brasília e participei, na Presidência da República, do lançamento de um pacote de medidas de combate à corrupção que foram enviadas para a apreciação e votação no Congresso Nacional. No Maranhão, também empreendemos esforços para a consolidação dos avanços no sistema democrático, garantindo o controle social sobre o Poder Público e a promoção de justiça social, de forma cada vez mais firme e clara.
Aqui, me refiro a uma extensa agenda em nosso Estado que representa vitórias da sociedade maranhense em relação às quais nenhum outro governo poderá retroceder. Ela diz respeito à transparência dos gastos e ao controle interno e externo da gestão pública. Recebemos em São Luís o ministro da Controladoria Geral da União, Valdir Moysés Simão, para compartilhar com o Brasil a formalização dessas ações que sublinham a nova fase que o Maranhão vive.
Optamos pelo fortalecimento do direito que todo cidadão tem de conhecer o destino e o volume de investimentos oriundos da contribuição dada por todos os cidadãos, através do pagamento de tributos. Conseguimos propor e aprovar, mesmo com três anos de atraso em relação aos demais estados, a Lei de Acesso à Informação Estadual – que disciplina a abertura dos dados da execução financeira em todos os setores da administração pública. Neste ponto, agradeço à sensibilidade da Assembleia Legislativa em votar com agilidade a primeira lei maranhense que dá integral acesso às informações públicas.
O Portal da Transparência do Governo do Estado também passou por reformulação e, agora, tem 100% dos gastos publicados e facilmente acessíveis, acabando com todos os filtros existentes anteriormente e que faziam com que grande parte da execução financeira fosse ocultada da população. Tais filtros constituíam uma fraude manifestamente ilegal e imoral. Abrindo a possibilidade de realizar o controle social dos gastos públicos, o Maranhão dá um grande passo rumo à ampliação da participação de todos os segmentos da sociedade na fiscalização dos serviços públicos.
Também  incrementamos a capacidade do Estado na fiscalização das despesas  públicas , com a nomeação e posse de mais 31 auditores concursados para compor o quadro permanente do Governo do Estado. Com os novos membros, conseguimos já no terceiro mês de gestão dobrar o número de auditores e aumentar a capacidade do Estado em monitorar o uso dos recursos públicos. Para fortalecer ainda mais o controle interno, iniciamos no mesmo evento a Força Estadual de Transparência e Controle, que vai atuar visitando as obras públicas para verificar, com apoio de engenheiros, a plena execução dos objetos contratados pelo Executivo.
Merece menção também a edição do manual de procedimentos e sindicâncias, que vai garantir investigações céleres e compatíveis com as garantias constitucionais.
O sentido de todas essas ações é garantir que os recursos públicos cumpram a sua função, de fazer com que os serviços e obras cheguem aos usuários com qualidade e com preço justo. Acreditamos nessa nova postura administrativa, da qual toda a nossa equipe está imbuída e, por isso mesmo, não transige na defesa do conjunto de valores garantidores de uma administração voltada exclusivamente ao interesse público.
Nesses primeiros 80 dias de Governo, já avançamos bastante na garantia de direitos e aprimoramento das instituições. Sempre afirmamos que o Maranhão pode ser exemplo para o Brasil por suas coisas boas. Nossa determinação é fazer um Governo que seja um exemplo de transparência e bom uso do dinheiro público, que não titubeia diante da corrupção e a combate com firmeza. Estamos construindo um Maranhão de fatos positivos, que será para o Brasil um exemplo de superação de dificuldades.

quarta-feira, 25 de março de 2015

Verso-Sem Controle...






Por Erlon Andrade

Sem Controle

O incontrolável
é estar
a mercê
dos próprios
impulsos.

sábado, 14 de março de 2015

Três dicas com embasamento científico para melhorar a sua memória

Você sabia que jovens com idade entre 18 e 34 anos têm mais dificuldade para memorizar datas, lugar onde guardou as chaves, de fazer o almoço e até de tomar banho do que pessoas com mais de 55?

Quando o assunto é a dificuldade para lembrar de datas o placar foi 15% (para os mais novos ) vs 7% (para os mais velhos). Na hora de lembrar onde as chaves foram guardadas, 14% dos novinhos costumam perdê-las vs 8% dos maiores de 55.

Entre os mais jovens 9% às vezes se esquecem de fazer o almoço vs 3% dos mais velhos. E por fim, 6% das pessoas com idade entre 18 e 34 anos às vezes se esquecem de tomar banho contra 2% dos cinquentões.

Para quem acha que faz parte deste seleto grupo de esquecidos, a Galileu criou algumas dicas. São três métodos que, se aplicados no cotidiano, podem ajudar, e muito, os esquecidinhos de plantão.

1. Memórias e objetos físicos
Sabe aquela situação embaraçosa quando você acabou de conhecer uma pessoa e logo em seguida se esquece do nome dela? Uma maneira de evitar esse tipo de constrangimento é associar o nome a algum objeto que esteja próximo no momento da apresentação. Por exemplo, você conheceu o Fernando perto do piano, então deve pensar que conhecer o Fernando do piano. Pode parecer bobagem ou absurdo, mas funciona na prática, foi comprovado cientificamente e pode salvar a sua pele principalmente em contextos profissionais.

2. Evite memorizar por repetição
Quando precisar falar em público evite memorizar as falas por repetição. O ideal é ter em mente o que você precisa dizer e entender bem o contexto geral da coisa. Falas decoradas podem desaparecer da mente num momento de nervoso, o que não acontece quando você apenas sabe o conteúdo que tem que ser dito e pode improvisar na hora da apresentação.

3. Escreva, rabisque, desenhe
Estudos científicos constataram que escrever enquanto você absorve novas informações ajuda a fixar o conteúdo e aumenta a capacidade da memória, como na escola.  Uma pesquisa realizada em 2009 demonstrou que as pessoas que escreviam enquanto escutavam uma lista de nomes sendo falada lembravam 29% a mais dos nomes do que as que não escreviam.


terça-feira, 10 de março de 2015

Autismo é quase inteiramente ‘causado pela genética’, aponta estudo

RIO - Uma nova pesquisa realizada pelo Conselho de Pesquisa Médica do Reino Unido sugeriu que o autismo é quase inteiramente de origem genética, com a constituição biológica sendo responsável por entre 74% e 98% dos casos. O estudo se concentrou em um total de 516 gêmeos e descobriu que as taxas de Transtorno do Espectro Autista (TEA) foram maiores em gêmeos idênticos que compartilham o mesmo DNA, apontando, portanto, que a condição pode ser mais hereditária do que se pensava.

Publicado na revista “JAMA Psychiatry”, o levantamento também mostrou que genes foram responsáveis ​​por traços autistas e comportamentos da população em geral.

“Nossa principal descoberta foi a de que a hereditariedade do TEA foi alta. Esses resultados demonstram ainda a importância dos efeitos genéticos sobre a doença, apesar do aumento dramático na prevalência da doença nos últimos 20 anos”, observa a autora principal do estudo, Beata Tick, Instituto de Psiquiatria do Conselho.

A partir da análise de dados da base populacional do Estudo de Desenvolvimento de Gêmeos (Teds, na sigla em inglês), que abrange gêmeos criados na mesma casa, pelos mesmos pais, os pesquisadores avaliaram, no entanto, que não era possível excluir completamente a influência de fatores ambientais.

Já o professor e coautor do estudo, Patrick Bolton explicou que a comparação de gêmeos idênticos e não-idênticos é uma forma bem estabelecida de esclarecer o grau de influências genéticas e ambientais no autismo, principalmente com o aspecto inovador desse levantamento que foi a inclusão de gêmeos independentemente de terem tido um diagnóstico clínico.

“Isso nos permitiu obter uma imagem mais precisa de como as experiências ambientais de uma criança e sua composição genética são influentes no TEA, bem como em expressões mais sutis de habilidades e comportamentos autistas”, explicou.

A pesquisadora Francesca Happe afirmou, ainda, que as taxas mais elevadas de autismo nos últimos anos poderiam ser atribuídas a diagnósticos mais corretos. A desordem, um espectro de condições que varia muito de pessoa para pessoa, pode ter sido previamente classificada como uma dificuldade de aprendizagem, e não reconhecida como autismo, informou à “BBC”.

“Nossos resultados sugerem que fatores ambientais são menores, o que é importante, uma vez que alguns pais estão preocupados se fatores como alta poluição possa estar causando o autismo”, disse ela. “Algumas pessoas acham que pode haver um componente ambiental grande, porque o autismo tem se tornado mais comum nos últimos anos, mas o que aconteceu muito rápido para a genética para ser uma causa provável.”

Aprovada em 6 concursos, miss DF vira juíza aos 28: 'Houve preconceito'

Quem vê a brasiliense Alessandra Baldini atuando como juíza federal aos 28 anos não consegue imaginar a trajetória da magistrada: bacharel em direito, ela tem pós-graduação pelo Ministério Público e foi aprovada em seis concursos nos últimos três anos. As conquistas profissionais dela não se restringem, entretanto, ao mundo acadêmico. A jovem ostenta o título de Miss DF 2011 e, durante um ano e meio, seguiu carreira internacional de modelo na Ásia.

Ainda há preconceito de que uma modelo não é inteligente, mas eu sempre fui boa aluna. As pessoas ficam surpresas ao saber que uma modelo-miss passou em vários concursos e hoje é juíza federal. Na verdade isso deixa a vitória ainda mais gratificante."

A paixão pelas passarelas começou na adolescência e continuou no período da faculdade. Ela entrou para o curso aos 17 anos e, aos 18, decidiu trancá-lo para desfilar na China, Tailândia e Filipinas. "Busquei conciliar as duas carreiras, mas sempre priorizando os estudos. Embora tenha interrompido os estudos para 'modelar' na Ásia, sabia que era temporário. Serviu de experiência de vida para amadurecer como pessoa", conta.

De volta ao Brasil e depois de se formar, Alessandra decidiu então fazer uma pós-graduação e começar a se preparar para concursos públicos. Ela afirma que já quase não fazia mais campanhas, mas acabou aceitando o convite da organização do Miss DF Universo para se inscrever no concurso de 2011. A jovem decidiu interromper os estudos temporariamente mais uma vez e se candidatou ao posto. Com 24 anos, foi eleita Miss Cruzeiro e então Miss DF 2011.

"Percebi que seria uma honra ter a oportunidade de representar o Distrito Federal em um concurso de nível nacional. Além disso, a interrupção temporária da pós-graduação não geraria prejuízos à minha formação", explica. "O Miss Brasil 2011 foi realizado em São Paulo. Foram 27 participantes. Eu e mais 26 meninas ficamos duas semanas na capital paulista por conta do evento. Participávamos de eventos culturais e turísticos, bem como ensaiávamos para o grande dia. Fiquei nas semifinais."

Alessandra continuou com a rotina de miss, acordando às 6h30 e fazendo musculação, tratamentos estéticos e dermatológicos, aulas de etiqueta, teatro e maquiagem e frequentando eventos sociais até passar a coroa em 2012. Depois, mudou radicalmente a rotina. Ela passou a estudar nove horas por dia, inclusive aos fins de semana, para se dedicar às provas.

A jovem conta que no início não trabalhava. "Advogava pouco, tinha uma parceria com um escritório em que eu fazia algumas peças, mais pela prática mesmo. Os estudos eram diários, atividade física moderada e lazer mínimo. Fiz vários cursos, desde os mais genéricos até os mais específicos, e fazia várias provas de concursos diversos, bem como realizava exercícios e simulados em casa. Tive o apoio dos meus pais, até que eu fui aprovada e chamada no primeiro concurso e comecei a ter minha própria renda. Aí comecei a conciliar trabalho e estudo."
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Além da experiência na advocacia, Alessandra atuou como especialista em regulação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e analista do Supremo Tribunal Federal. Ela também foi aprovada como analista do Superior Tribunal de Justiça, defensora pública e procuradora do Banco Central. No dia 29 de janeiro, vencendo uma concorrência de 90 candidatos por vaga, tomou posse como juíza do Tribunal Regional Federal.

Para alcançar o cargo, Alessandra passou por várias etapas: prova objetiva, provas escritas, investigação da vida pregressa, exame de sanidade física e mental, teste psicotécnico, prova oral e avaliação de títulos acadêmicos. O certame aprovou 56 dos 5.209 inscritos – pouco mais de 1% dos candidatos.

Mundos diferentes
"É uma quebra de paradigma. É a transição de dois mundos completamente diferentes. Em 2012 eu ainda estava cumprindo as tarefas de miss e, em menos de três anos, estou no curso de formação de juiz federal. Embora o perfil das misses tenha se alterado, contando com meninas universitárias, ainda há o preconceito de que a miss apenas lê 'O Pequeno Príncipe'. [...] Tomar posse como juíza federal substituta do TRF é um símbolo de vitória", diz a jovem.

A magistrada conta que mesmo durante a graduação a capacidade dela era posta em dúvida. "Na época da faculdade houve preconceito. A maioria das pessoas não acreditava que eu pudesse ser uma boa aluna, já que era modelo. Ainda há preconceito de que modelo não é inteligente, mas eu sempre fui boa aluna. As pessoas ficam surpresas ao saber que uma modelo-miss passou em vários concursos e hoje é juíza federal. Na verdade isso deixa a vitória ainda mais gratificante. A quebra de paradigma funcionou como um plus na vitória."

A juíza afirma que a experiência com o mundo das misses poderá contribuir com eventuais problemas na nova etapa de vida. "Aprendi a lidar com situações adversas – concorrência, fracasso etc – desde nova, em razão da competitividade do meio da moda. Independentemente da idade da modelo, os problemas advindos da carreira são de 'gente grande'. [...] E, sim, a carreira de modelo e o miss me ensinaram a cuidar de mim mesma. Além de reforçar a vaidade, também me ajudou a ser mais disciplinada e determinada. Mantive dieta e academia, mesmo durante os estudos."

Futuro
Alessandra afirma que não pretende fazer mais concursos públicos agora. O desejo de se tornar juíza veio do contato com magistrados na faculdade, na pós-graduação e no trabalho. A ideia de ir além da aplicação da "letra fria da lei" encantou a jovem.

"É um sonho realizado. Não preciso fazer mais concurso nenhum, pois esse era exatamente o que eu queria: chegar ao TRF e ser magistrada federal. Agora é iniciar a carreira com dedicação total", diz a magistrada.

Segundo ela, o trabalho pode ser exercido em qualquer lugar do país. "O ingresso na magistratura federal implica a responsabilidade de concretizar o princípio fundamental do acesso amplo à Justiça. Há a possibilidade de ser lotada em locais mais distantes. Se isso ocorrer, será uma honra poder fazer parte desse processo de interiorização da Justiça Federal, bem como me dará a oportunidade de conhecer a realidade e a diversidade existentes em um país tão extenso e culturalmente rico como o Brasil. Essa nova fase demandará não apenas o conhecimento jurídico adquirido ao longo dos anos, mas também maturidade e sensibilidade para lidar com conflitos concretos", diz.



segunda-feira, 9 de março de 2015

Transtorno do Espectro Autista (TEA) - Diagnóstico


Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) já começam a demonstrar sinais nos primeiros meses de vida: elas não mantêm contato visual efetivo e não olham quando você chama. A partir dos 12 meses, por exemplo, elas também não apontam com o dedinho. No primeiro ano de vida, demonstram mais interesse nos objetos do que nas pessoas e, quando os pais fazem brincadeiras de esconder, sorrir, podem não demonstrar muita reação.
O diagnóstico do autismo é clínico, feito através de observação direta do comportamento e de uma entrevista com os pais ou responsáveis. Os sintomas costumam estar presentes antes dos 3 anos de idade, sendo possível fazer o diagnóstico por volta dos 18 meses de idade.
Os Transtornos do Espectro do Autismo (TEA) referem-se a um grupo de transtornos caracterizados por um espectro compartilhado de prejuízos qualitativos na interação social, associados a comportamentos repetitivos e interesses restritos pronunciados (Brentani et al, 2013). Os TEAs apresentam uma ampla gama de severidade e prejuízos, sendo frequentemente a causa de deficiência grave, representando um grande problema de saúde pública. Há uma grande heterogeneidade na apresentação fenotípica do TEA, tanto com relação à configuração e severidade dos sintomas comportamentais (Geschwind, 2009).
A atual dificuldade de identificação de subgrupos de TEA que poderiam direcionar tratamentos e viabilizar melhores prognósticos, dificultam progressos no desenvolvimento de novas abordagens de tratamento destes pacientes.
A nova edição do DSM trouxe uma nova estrutura de sintomas, e a tríade de sintomas que modela déficits de comunicação separadamente de prejuízos sociais do DSM-IV, que foi substituído por um modelo de dois domínios composto por um domínio relativo a déficit de comunicação social e um segundo relativo a comportamentos/interesses restritos e repetitivos. Além disso, o critério de atraso ou ausência total de desenvolvimento de linguagem expressiva foi eliminado do DSM-5, uma vez que pesquisas mostraram que esta característica não é universal, nem específica de indivíduos com TEA.
A seguir os critérios diagnósticos do DSM-V, cuja versão original pode ser acessada aqui.
DSM-V : Transtorno do Espectro do Autismo
Deve preencher os critérios 1, 2 e 3 abaixo:
1.Déficits clinicamente significativos e persistentes na comunicação social e nas interações sociais, manifestadas de todas as maneiras seguintes:
2.Déficits expressivos na comunicação não verbal e verbal usadas para interação social;
b.Falta de reciprocidade social;
c.Incapacidade para desenvolver e manter relacionamentos de amizade apropriados para o estágio de desenvolvimento.
3.Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades, manifestados por pelo menos duas das maneiras abaixo:
4.Comportamentos motores ou verbais estereotipados, ou comportamentos sensoriais incomuns;
b.Excessiva adesão/aderência a rotinas e padrões ritualizados de comportamento;
c.Interesses restritos, fixos e intensos.
5.Os sintomas devem estar presentes no início da infância, mas podem não se manifestar completamente até que as demandas sociais excedam o limite de suas capacidades.

Justificativas:
1.Novo nome para a categoria, Transtorno do Espectro do Autismo, que inclui transtorno autístico (autismo), transtorno de Asperger, transtorno desintegrativo da infância, e transtorno global ou invasivo do desenvolvimento sem outra especificação.
A diferenciação entre Transtorno do Espectro do Autismo, desenvolvimento típico/normal e de outros transtornos “fora do espectro” é feita com segurança e com validade. No entanto, as distinções entre os transtornos têm se mostrado inconsistentes com o passar do tempo. Variáveis dependentes do ambiente, e frequentemente associadas à gravidade, nível de linguagem ou inteligência, parecem contribuir mais do que as características do transtorno.
Como o autismo é definido por um conjunto comum de sintomas, estamos admitindo que ele seja melhor representado por uma única categoria diagnóstica, adaptável conforme apresentação clínica individual, que permite incluir especificidades clínicas como, por exemplo, transtornos genéticos conhecidos, epilepsia, deficiência intelectual e outros. Um transtorno na forma de espectro único, reflete melhor o estágio de conhecimento sobre a patologia e sua apresentação clínica.
1.      Três domínios se tornam dois:
1) Deficiências sociais e de comunicação;

2) Interesses restritos, fixos e intensos e comportamentos repetitivos.

Déficits na comunicação e comportamentos sociais são inseparáveis, e avaliados mais acuradamente quando observados como um único conjunto de sintomas com especificidades contextuais e ambientais.
Atrasos de linguagem não são características exclusivas dos transtornos do espectro do autismo e nem universais dentro dele. Podem ser definidos, mais apropriadamente, como fatores que influenciam nos sintomas clínicos de TEA, e não como critérios do diagnóstico do autismo para esses transtornos.
Exigir que ambos os critérios sejam completamente preenchidos, melhora a especificidade diagnóstico do autismo sem prejudicar sua sensibilidade.
Fornecer exemplos a serem incluídos em subdomínios, para uma série de idades cronológicas e níveis de linguagem, aumenta a sensibilidade ao longo dos níveis de gravidade, de leve ao mais grave, e ao mesmo tempo mantém a especificidade que temos quando usamos apenas dois domínios.
A decisão foi baseada em revisão de literatura, consultas a especialistas e discussões de grupos de trabalho. Foi confirmada pelos resultados de análises secundárias dos dados feitas pelo CPEA e pelo STAART, Universidade de Michigan, e pelas bases de dados da Simons Simplex Collection.
Muitos critérios sociais e de comunicação foram unidos e simplificados para esclarecer os requerimentos do diagnóstico do autismo.
No DSM IV, critérios múltiplos avaliam o mesmo sintoma e por isso trazem peso excessivo ao ato de diagnosticar.
Unir os domínios social e de comunicação, requer uma nova abordagem dos critérios.
Foram conduzidas análises sobre os sintomas sociais e de comunicação para estabelecer os conjuntos mais sensíveis e específicos de sintomas, bem como os de descrições de critérios para uma série de idades e níveis de linguagem.
Exigir duas manifestações de sintomas para comportamento repetitivos e interesses fixos e focados, melhora a especificidade dos critérios, sem perdas significativas na sensibilidade. A necessidade de fontes múltiplas de informação, incluindo observação clínica especializada e relatos de pais, cuidadores e professores, é ressaltada pela necessidade de atendermos uma proporção mais alta de critérios.
A presença, via observação clínica e relatos do(s) cuidador(es), de uma história de interesses fixos, rotinas ou rituais e comportamentos repetitivos, aumenta consideravelmente a estabilidade do diagnóstico do autismo do espectro do autismo ao longo do tempo,  e reforça a diferenciação entre TEA e os outros transtornos.
A reorganização dos subdomínios, aumenta a clareza e continua a fornecer sensibilidade adequada, ao mesmo tempo que melhora a especificidade necessária através de exemplos de diferentes faixas de idade e níveis de linguagem.
Comportamentos sensoriais incomuns, são explicitamente incluídos dentro de um subdomínio de comportamentos motores e verbais estereotipados, aumentando a especificação daqueles diferentes que podem ser codificados dentro desse domínio, com exemplos particularmente relevantes para crianças mais novas.
1.O Transtorno do Espectro do Autismo é um transtorno do desenvolvimento neurológico, e deve estar presente desde o nascimento ou começo da infância, mas pode não ser detectado antes, por conta das demandas sociais mínimas na mais tenra infância, e do intenso apoio dos pais ou cuidadores nos primeiros anos de vida.
O DSM-5 também reconhece que indivíduos afetados variam com relação a sintomas não específicos do TEA, tais como habilidade cognitiva, habilidade de linguagem expressiva, padrões de início, e comorbidades psicopatológicas. Estas distinções podem proporcionar meios alternativos para identificação de subtipos dentro do TEA.
Assim, visando aumentar a especificidade do diagnóstico de TEA, o DSM-5 identifica tanto os sintomas diagnósticos principais como características não específicas do TEA que variam dentro desta população.
Apesar dos avanços genéticos em relação ao TEA, as bases genéticas associadas aos fenótipos ainda permanecem desconhecidas devido à grande heterogeneidade genética e fenotípica da doença, pois o TEA não é visto como uma doença atrelada a um único gene, mas sim uma doença complexa resultado de variações genéticas simultâneas em múltiplos genes (Iyengar and Elston 2007) junto com uma complexa interação genética, epigenética e fatores ambientais (Persico and Bourgeron 2006, Eapen 2011).
Como há uma enorme variabilidade em termos de comportamento (gravidade dos sintomas), cognição e mecanismos biológicos, construindo-se a idéia de que o TEA é um grupo heterogêneo, com etiologias distintas, eles de beneficiam de avaliação individualizada para propor a melhor composição de acompanhamento para o caso.
Aproximadamente 60-70% têm algum nível de deficiência intelectual, enquanto que os indivíduos com autismo leve, apresentam faixa normal de inteligência e cerca de 10 % dos indivíduos com autismo têm excelentes habilidades intelectuais para a sua idade (Brentani, et al. 2013).

sábado, 7 de março de 2015

Mulher virtuosa,quem a achará !?

"Mulher virtuosa quem a achará? O seu valor muito excede ao de rubis" (Provérbios 31:10).

Infelizmente muitas mulheres têm dado mais atenção à beleza física do que a beleza espiritual, por isso a mulher virtuosa é tão difícil de ser encontrada. A passagem de Provérbios 31:10-31 descreve o tipo de mulher que o homem deve buscar para se casar, e o tipo de esposa que toda mulher deve procurar ser. 


"A beleza é enganosa, e a formosura é passageira; mas a mulher que teme ao Senhor será elogiada" (Provérbios 31:30).

Para se tornar uma mulher virtuosa é preciso se entregar dia após dia ao Senhor e ter o coração cheio do Espírito Santo, para que presença dEle chame mais atenção do que sua beleza física. A mulher virtuosa é de total confiança e o coração do seu marido confia nela. Os homens de Deus procuram por uma mulher em que possam confiar; aquela que nas dificuldades corre para os pés do Senhor e chora na presença Dele. Quando fala, fala com sabedoria e suas palavras são delicadas e doces como o mel; ela é pura e sem malícia, seus olhos não são sedutores, e o seu corpo não é usado para induzir pensamentos impuros. Se você quer ser uma mulher virtuosa, você deve, em primeiro lugar, ser exclusiva para Deus, e depois ser exclusiva para seu marido.


"A mulher sábia edifica o seu lar, mas a insensata, com as próprias mãos a derruba" (Provérbios 14:1).


Quando você busca ao Senhor sem interesses; buscando Sua face e não Suas mãos, você começa a ter mais intimidade com Ele. Deus, então, começa a se revelar e responder suas orações. Não busque o par ideal; seja você a pessoa ideal e busque as qualidades da mulher virtuosa a cada dia. 



Verso - Vislumbre...



Por Erlon Andrade

VISLUMBRE

Tentar explicar o inexplicável.
A beleza não pode ser compreendida.
Apenas contemplada
Depende muito dos olhos que observam.

Música- Rendido Estou

































Rendido Estou (part. Aline Barros)

Toma-me, rendido estou
Aos pés da cruz, me encontrei
O que tenho, te entrego oh Deus
Vem limpar as minhas mãos
Purificar meu coração
Que eu ande em tudo que tu tens pra mim
Ô ô ô ô
Eis me aqui, rendido estou
Ô ô ô ô
Eu sou teu e tu és meu
Jesus
Meus momentos, e os dias meus
Meu respirar, e meu viver
Que sejam todos, pra Ti oh Deus
Ô ô ô ô
Eis me aqui, rendido estou
Ô ô ô ô
Eu sou teu e tu és meu (2x)
Ô ô ô ô ô...
Minha vida dou, a ti Senhor
Rendido a ti estou
E pra sempre cantarei
Faz em mim o teu querer (2x)
Ô ô ô ô
Eis me aqui, rendido estou
Ô ô ô ô
Eu sou teu e tu és meu (2x)

Minha vida dou, a ti Senhor
Rendido a ti estou
E pra sempre cantarei
Faz em mim o teu querer (2x)

Os estados brasileiros mais perigosos para as mulheres

São Paulo – Só no ano de 2013, 50.320 casos de estupro foram registrados no Brasil. São 25 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Naquele mesmo ano, ao menos 4.580 mulheres morreram de forma violenta no país.
Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2014, e dão uma ideia do tamanho do problema no Brasil. Dentre os estados, Roraima é o que tem a maior taxa de estupros – são 66,4 casos por 100 mil habitantes. Depois vêm Mato Grosso do Sul, com taxa de 48,7, e Rondônia, com 48,1.
O país tem avançado no combate a esses crimes. Nesta semana, a Câmara dos Deputados aprovou uma lei que transforma o feminicídio em crime hediondo. O texto aguarda sanção da presidente Dilma. 
Porém, ainda convivemos com casos chocantes de violência. Nos últimos meses, alunas de faculdades como a Medicina da USP têm relatado abusos a uma CPI criada na Assembleia de São Paulo. Os agressores muitas vezes são os próprios colegas.
Outro caso de repercussão foi a entrevista do ator Alexandre Frota ao programa Agora É Tarde, da TV Bandeirantes. No programa, Frota relata ter feito sexo sem consentimento com uma mãe de santo. Conta ainda que a mulher desmaiou devido à força com que ele segurou seu pescoço.
A entrevista foi duramente criticada por entidades de defesa dos direitos das mulheres e gerou uma petição pública para que Frota seja investigado por estupro.
Num contexto como este, é importante lembrar da gravidade deste crime e da incidência que ele tem no Brasil. A tabela abaixo mostra os dados de violência contra a mulher em todo o país. É possível ver os números de estupro e tentativa de estupro, tanto em termos absolutos quanto as taxas por 100 mil habitantes. Também estão disponíveis os dados de mortes violentas de mulheres, e quanto elas representam no total de mortes desse tipo.



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