No dia 20 de outubro, celebramos o Dia Mundial de Combate ao Bullying, uma data que nos convida a refletir profundamente sobre o papel que cada um de nós tem na construção de uma sociedade mais justa e acolhedora, especialmente para nossas crianças e adolescentes. O bullying, seja ele físico, verbal, psicológico ou virtual, é uma forma de violência que pode deixar marcas profundas e duradouras. No entanto, é importante lembrar que o combate ao bullying não começa nas escolas ou nas redes sociais, ele começa em casa, nos ambientes onde nossas crianças estão sendo formadas.
Os adultos, como pais, educadores e cuidadores, têm a responsabilidade direta de moldar o comportamento das gerações futuras. Se uma criança ou adolescente apresenta atitudes violentas, depreciativas ou cruéis, é preciso questionar o que está por trás dessas ações. Muitas vezes, elas são reflexo de exemplos que recebem, da maneira como são tratados ou do que observam em seu cotidiano. O ambiente familiar é o primeiro espaço onde valores como empatia, respeito e solidariedade devem ser ensinados. Quando falhamos em ensinar esses princípios, abrimos as portas para que o bullying se perpetue.
Infelizmente, muitos adultos ainda minimizam a gravidade do bullying ou acreditam que se trata de algo “normal” na infância ou adolescência, um “rito de passagem”. Essa visão é perigosa. O bullying não é uma fase. Ele é uma forma de opressão que pode levar a traumas emocionais graves, isolamento social e até ao suicídio. Precisamos, urgentemente, desconstruir essa ideia e assumir uma postura ativa no combate a qualquer forma de violência.
Neste 20 de outubro, precisamos nos comprometer a observar mais atentamente como as crianças e adolescentes estão sendo tratados ao nosso redor. Será que estamos sendo exemplos de respeito? Será que estamos ensinando empatia ou, ao contrário, estamos reproduzindo comportamentos violentos? Lembrar que nossas ações e palavras servem como um espelho para os mais jovens é essencial para mudar essa realidade.
O combate ao bullying é uma responsabilidade coletiva. Não é apenas tarefa das escolas, das redes sociais ou de campanhas esporádicas. É tarefa de todos nós, todos os dias. E para que possamos viver em uma sociedade verdadeiramente livre de violência, cada adulto deve se perguntar: “Que exemplo estou dando? Que tipo de sociedade estou ajudando a construir para as gerações que virão?”
Hoje, mais do que nunca, devemos reafirmar nosso compromisso com uma educação baseada em respeito, acolhimento e empatia. Porque a mudança começa por nós, adultos, e nossos jovens merecem crescer em um ambiente onde se sintam seguros, valorizados e livres para serem quem são.
Vamos juntos combater o bullying e todas as formas de
violência.
Sirlana Lima
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