Brasília - Em meio
à guerra travada entre o governo federal e empresas da área de educação por
conta das alterações nas regras do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), o
secretário-executivo do Ministério da Educação, Luiz Cláudio Costa, disse
na manhã desta segunda-feira, 26, que o governo vai manter o diálogo com setor,
"dentro do pressuposto da qualidade" exigido pela nova portaria do
ministério.
"O ministro Cid Gomes já deixou
isso claro: qualidade. O primeiro compromisso do ministro Cid Gomes e do
Ministério da Educação é com a qualidade. A partir daí, nós temos o diálogo. É
evidente que é isso que a sociedade espera, nós temos de ter muita atenção para
que tenhamos mais oportunidades na educação superior com esse pressuposto da
qualidade", disse o secretário-executivo a jornalistas, em coletiva de
imprensa na qual foram apresentados números do Sistema de Seleção Unificada
(Sisu).
"É para isso que estamos
trabalhando. Dentro do pressuposto da qualidade, os diálogos ocorrem, como
dialogamos sempre", disse Luiz Cláudio Costa.
No apagar das luzes do primeiro mandato
da presidente Dilma Rousseff, o MEC publicou no mês passado uma portaria que
dificulta o acesso ao Fies, programa voltado para o financiamento da graduação
no ensino superior de alunos de instituições privadas.
A partir de abril de 2015, será exigida
uma pontuação mínima de 450 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)
para obter acesso ao financiamento.
A portaria do MEC também proíbe que o
aluno receba simultaneamente recursos do Fies e bolsa do Programa Universidade
Para Todos (ProUni), que concede bolsas integrais e parciais para instituições
privadas de ensino superior.
A exceção fica por conta de quando se
tratar de bolsa parcial e ambos os recursos se destinarem ao mesmo curso da
mesma instituição.
"O ministério vem dialogando com
todos os setores, o principio do ministério e o ministro é o pressuposto da
qualidade. Estamos dialogando, o diálogo é permanente", disse Costa.
Na semana passada, a Federação Nacional
das Escolas Particulares (Fenep) protocolou um mandado de segurança coletivo
contra o MEC.
Fonte: http://exame.abril.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário