terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Belo trabalho do artista itapecuruense Beto Diniz






Como de costume,gosto de ter como leitura o blog do Neto Cruz,e uma  postagem  me chamou muito a atenção,as obras de um artista maranhense,sinceramente, fiquei apaixonada pela arte dele,é algo bem diversificado,para todos os gostos,vai da arte abstrata a realista,muito bom mesmo,vale a pena dar uma conferida nas suas belas obras e saber a respeito dele também.Fiquem com a matéria abaixo:



Beto Diniz, retrato de um artista itapecuruense

Tive o prazer de conhecer o grande artista plástico Beto Diniz, membro da AICLA – Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes.

Beto tem uma vasta e interessante produção no mundo das artes, destacando-se entre outros, pintura em óleo.

Não seria exagero dizer que Diniz seria o nosso Michelangelo Buonarroti.

Nascido em Itapecuru Mirim - MA, em 22 de junho de 1976. De uma família numerosa e humilde, o artista crescera em um lar no qual a religiosidade católica sedimentara em seu espírito valores morais e respeito à dignidade humana que a posteriori haveriam de refletir-se em sua produção artística.

O pensador católico e crítico literário Tristão de Ataíde (1893-1983) em sua obra A Estética Literária, afirmara que “O homem nasce poeta, músico, pintor. A cultura apenas desenvolve, aperfeiçoa, melhora ou mesmo desfaz o dom.” sendo que em relação a Beto Diniz, fora na ambiência da Escola Paroquial São Vicente de Paulo, nos anos de ensino fundamental, onde seus dotes artísticos e um indeclinável interesse pelo fascinante universo das artes manifestou-se pela primeira vez.

 Nos primeiros anos da adolescência Beto Diniz começara a ganhar seus primeiros trocados com desenhos, percebendo que podia profissionalizar-se, conjugando o prazer de produzir a uma profissão, buscou desde então o aprimoramento cada vez maior de suas habilidades naturais.

Aos 16 anos pintou seu primeiro quadro como profissional, uma cópia de “A Santa Ceia” de Juan de Juanes, pintor renascentista, onde ilustra a passagem do Novo Testamento em que Jesus institui a Eucaristia. O inicio de sua trajetória foi caracterizado pela arte sacra onde executou dezenas de obras que retratavam passagens bíblicas e santos populares, sendo essa uma das tendências artísticas mais populares nas cidades pequenas.

... UMA OBRA EM CONSTRUÇÃO

A construção da obra de Beto Diniz segue paradigmas conceituais provenientes de diversificados movimentos artísticos, o estilo adotado pelo artista sofre a influência desde a pintura renascentista à pintura contemporânea tornando suas obras autênticas e inovadoras. A experimentação, a inventividade e o aprofundamento de estudos, permitem-no revisitar suas concepções em direção ao amadurecimento estético na permanente e difícil tentativa de assenhorear-se de uma forma original de pintar.

O caminho é tortuoso em um período no qual a arte contemporânea parece haver se perdido pelos descaminhos do que Ferreira Gullar denominou de cerebralismo duchampiano (de Marcel Duchamp, pintor francês, um dos pioneiros da arte conceitual e inventor dos ready made), onde a cada nova exposição jovens artistas apocalípticos anunciam a morte da arte, Beto Diniz persegue uma forma peculiar de pintar sem descambar para excessos ou superficialidades, a propósito a arte contemporânea parece ser hoje um longo menu de opções indigestas, o jornalista e escritor Luciano Trigo em artigo publicado na Folha de São Paulo sobre arte contemporânea afirma que“Uma fração significativa da arte contemporânea está cada vez mais parecida com a indústria da música: muita atitude, rebeldia de butique, rostinho bonito e zero talento.”

EXPOSIÇÕES, ARTE – EDUCAÇÃO... OSSOS DO OFÍCIO.

Na busca incessante por uma maior valorização do artista plástico e do artesão Beto Diniz foi co-fundador e Presidente da Associação dos Artistas Plásticos e Artesãos de Itapecuru Mirim, época em que foi trazido a esta cidade, por meio da associação, o artista plástico da capital maranhense, Edymar Santos, que ministrou durante um período de três anos diversas oficinas para o grupo de artistas membros da associação.

Beto Diniz juntamente com outros artistas realizou em 2000, a restauração dos altares mor e das imagens sacras da igreja matriz Nossa Senhora das Dores, que são um patrimônio histórico e artístico do nosso município, assim como nos dias atuais restaurou a imagem de N. Senhora das dores que ficava no relógio e se encontra hoje nos jardins da igreja matriz.

Beto Diniz tem suas obras em várias cidades do Brasil assim como fora do país (Alemanha e Itália). Ministrou cursos de pintura a óleo sobre tela em Balsas/MA, Alto Parnaíba/MA, Santa Filomena/PI e também Itapecuru/MA. Atualmente dedica seu tempo único e exclusivamente voltado para a arte. Atende crianças e adolescentes no ateliê escola do Centro de Referência Especializado de Assistência Social – Itapecuru Mirim. Tem vários cursos na área da arte em especial “Cinco séculos de uma história da Arte”, ministrado por Andreas Valentin que é um grande fotógrafo e designer gráfico mundial.

Realizou exposições em Santa Filomena/PI, Balsas, Alto Parnaíba, São Luís e Itapecuru Mirim. Atualmente Beto Diniz está cursando uma graduação em Pedagogia com o intuito de somar as técnicas pedagógicas às artísticas contribuindo de forma mais eficaz e eficiente com seus aprendizes no aprimoramento e no conhecimento do universo mágico das artes.

O grande crítico literário e poeta norte-americano Ezra Pound em sua célebre obra ABC of Reading, afirmara que os artistas são as antenas da sociedade, talvez a propósito desse caráter visionário, profético e revolucionário que subjaz ao fazer artístico, o artista ainda não seja dignificado da forma como merece em países como o Brasil no qual os índices de crescimento da economia se encontram a anos-luz de distancia de uma valorização de políticas públicas que valorizem as potencialidades artísticas e culturais do povo brasileiro. Tornou-se senso comum afirmar que uma sociedade sem acesso aos direitos sociais assegurados por nossa constituição, sobretudo educação e cultura reproduz mais facilmente formas de alienação política e intelectual.

Nesse aspecto viver de arte no Brasil é algo que beira as zonas limítrofes do impossível, a despeito, porém, desta famigerada realidade os artistas continuam exercendo seu ofício, fazendo de cada pedra que habita o caminho um novo desafio a ser superado, Beto Diniz é um deles, com a perseverança de um guerreiro espartano que não se deixa facilmente abater pelos campos de batalha da existencia prossegue em sua caminhada fiel ao dom que recebera de Deus através das musas e encantando quem contempla suas telas com a notável sinfonia de cores das nuances de suas pinceladas.


ALGUMAS OBRAS





































































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