domingo, 29 de junho de 2014

'' Qual seria sua última oração ? '' - Cartas ao Remetente / Banda Rosa de Saron






Cartas ao Remetente


Há quem amou demais
Há quem chorou demais
E quanto tempo não dão atenção
Ao seu pobre coração

Não se atreve a falar
Não se permite errar
Quem inventou a dor 
Esqueça o ardor
Afinal...

Se Deus te desse só o amanhã pra sentir
O que nunca sentiu, sentiria?
Qual seria sua última oração?

Doeu, deixe curar.
Ficou, deixe passar!
O árduo é trivial, mas a afeição... é etérea!

Se Deus te desse só o amanhã pra sentir
O que nunca sentiu, sentiria?
Qual seria sua última oração?

Mais que uma razão para se viver
Uma verdadeira causa pela qual morrer
Seja o prólogo de quem viveu
A preparar o seu epílogo 
E dito, deu fé

Se Deus te desse só o amanhã pra sentir
O que nunca sentiu, sentiria?
Se de fato fosse mesmo o último adeus
Onde há de estar o seu amor?
E, assim, viva como quem soube que vai morrer
Morra como quem um dia soube viver...









Sistema Eleitoral do Brasil













Geral
Sufrágio universal secreto obrigatório e coligações partidárias momentâneas
Financiamento
Misto (privado: doações de pessoas físicas e jurídicas; público: Fundo Partidário e propaganda política)
Majoritário
Presidentes, senadores, governadores e prefeitos
Proporcional
Deputados federais, deputados estaduais e vereadores
Eleições legislativas
Voto em legenda e nominal em lista aberta
Eleições executivas
Segundo turno, exceto as municipais com menos de 200 mil   eleitores



Sistema eleitoral brasileiro é como chamamos o conjunto de sistemas eleitorais utilizados no Brasil para eleger representantes e governantes. Nosso sistema atual é definido pela Constituição de 1988 e pelo Código Eleitoral (lei 4.737 de 1965), além de ser regulado pelo TSE no que lhe for delegado pela lei. Na própria Constituição já são definidos três sistemas eleitorais distintos, que são detalhados no Código Eleitoral: eleições proporcionais para a Câmara dos Deputados, espelhado nos legislativos das esferas estadual e municipal, eleições majoritárias com um ou dois eleitos para o Senado Federal e eleições majoritárias em dois turnos para presidente e demais chefes do executivo nas outras esferas. A Constituição define ainda no artigo XIV o "sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos", princípio que pauta os três sistemas eleitorais presentes no país.

Sistema Majoritário
O sistema eleitoral majoritário é usado, no Brasil, para eleger o chefe do executivo de todas as esferas (presidente, governador e prefeito), e também para as eleições ao Senado Federal. Nas eleições presidenciais o sistema empregado é de maioria absoluta, onde o eleito precisa obter mais de 50% dos votos válidos, desconsiderados os brancos e nulos, para ser eleito. Para garantir a obtenção dessa maioria num sistema pluripartidário, a eleição se realiza em dois turnos. O primeiro disputado pela totalidade dos candidatos, e o segundo disputado apenas pelos dois candidatos melhores colocados no primeiro pleito. O segundo turno só se realiza caso nenhum candidato atinja a maioria absoluta no primeiro turno da eleição. Este sistema é utilizado também nas eleições para governador e prefeito das cidades com mais de 200.000 eleitores. Caso persistir o empate, é levado em consideração a idade dos candidatos, e o mais velho é eleito.

O Senado Federal é renovado a cada quatro anos nas proporções de um terço numa eleição e dois terços na seguinte. Cada estado elege, por conseguinte, um ou dois senadores a cada quatro anos, ou seja, o cargo de senadores tem uma duração de oito anos. Por este motivo, a eleição para o Senado se dá de forma majoritária dentro de cada estado, para escolher os senadores que representarão aquele estado. Quando apenas um candidato deve ser escolhido, usa-se a maioria relativa dos votos com eleições separadas para cada estado. Neste sistema, conhecido no mundo anglófono como First Past The Post em uma analogia às corridas de cavalo, cada eleitor vota em apenas um candidato e vence a eleição aquele que obtiver o maior número de votos, sem necessidade de segundo turno caso não obtenha maioria absoluta. Este sistema é também usado para eleger prefeitos das cidades com até 200.000 eleitores.

Nas eleições ao Senado onde dois senadores serão eleitos para cada estado, utiliza-se o sistema de escrutínio majoritário plurinominal. Assim, os eleitores votam nos dois nomes de sua preferência e os dois candidatos com maior votação são eleitos. Não há peso ou precedência na ordem dada aos votos, por isso ao se escolher dois candidatos A e B não há diferença entre votar primeiro A e depois B ou primeiro B e depois A.

Críticas
Outra característica do sistema majoritário no Brasil é a formação de chapa: Os candidatos ao cargo de vice-presidente, vice-governador e vice-prefeito, bem como os dois suplentes de cada senador devem registrar a candidatura junto com a candidatura do titular da chapa. Quando o eleitor vota, ele escolhe apenas o titular, sendo que o vice ou suplente é eleito automaticamente. Este sistema, apesar de amplamente empregado para o poder executivo em todo o mundo, é criticado no caso do Senado pois alguns suplentes "usam" a imagem do titular para eventualmente assumir o cargo no lugar dele. É o caso de Joaquim Roriz do Distrito Federal, nas eleições de 2006 foi eleito em 1º turno, mas ao assumir em 2007 renuncia , tendo ficado no cargo apenas 4 meses.Dizem as más línguas que seu suplente Gim Argelo até pagou pela suplência do cargo ,já prevendo algum escândalo que envolvesse Roriz.

Sistema Proporcional
Nas eleições para a Câmara dos Deputados e para os órgãos legislativos estaduais e municipais, a Constituição Federal preconiza o uso de um sistema proporcional. Além disso, na esfera federal, a eleição deve ser realizada, de forma separada, em cada um dos estados e territórios. Candidatos à Câmara só poderão ser votados no estado em que se lançam candidatos, e concorrerão apenas às cadeiras reservadas àquele estado. Além dessas restrições, a Constituição impõe ainda os limites mínimo de 8 e máximo de 70 deputados para cada estado, definidos de forma proporcional à população de cada um.

O Código Eleitoral brasileiro determina que o sistema proporcional utilizado é um sistema de lista aberta, onde os votos são nominais aos candidatos e as listas partidárias são compostas pelos membros mais votados de cada partido. Nesse tipo de sistema, cada partido obtém um número de vagas proporcionais à soma dos votos de todos os seus candidatos, e estas vagas são distribuídas, pela ordem, aos candidatos mais votados daquele partido. O Código Eleitoral permite também a formação de coligação entre partidos para eleições proporcionais como forma de conseguir um maior número de cadeiras, especialmente no caso de partido pequeno que não as obteria sozinho.

Cálculo do número de vagas
O grande problema das eleições proporcionais é o calculo exato das proporções devidas a cada partido. Como o número de votos quase nunca é um múltiplo exato da proporção entre cadeiras e eleitores, um sistema de arredondamento e redistribuição das vagas não preenchidas  precisa ser utilizado. No Brasil utiliza-se um método conhecido como quociente eleitoral para o calculo das proporções e outro conhecido como distribuição das sobras para ocupar as cadeiras não preenchidas pelo quociente eleitoral. Este sistema é a grosso  modo equivalente ao método D'Hondt utilizado em Portugal e diversos países europeus, mas se utiliza uma metodologia diferente para efetuar os cálculos.

O quociente eleitoral é definido como o total de votos válidos dividido pelo número de vagas (este valor é equivalente ao quociente Hare). Cada partido então tem os votos divididos por este quociente e obtém-se assim o quociente partidário. A parte inteira desse quociente corresponde ao número de vagas reservadas àquele partido. As vagas restantes são divididas usando-se o método de distribuição das sobras entre os partidos que houverem atingido o quociente eleitoral. Esta forma de cálculo é equivalente ao método D'Hondt com um cláusula de barreira no valor do quociente eleitoral.

Críticas
Entre os fatores mais criticados no sistema eleitoral proporcional brasileiro está o limite mínimo e máximo para cada estado entre os deputados federais (8 e 70, respectivamente). Esse limite impediria uma verdadeira proporcionalidade do voto, valorando o voto nos estados com menor população, em detrimento dos estados mais populosos. Na eleição de 1998, por exemplo, foram necessários mais de 333.000 votos para eleger um deputado por São Paulo. Já em Roraima, a eleição era possível com apenas 17.000 votos. Haveria, dessa forma, uma violação do princípio "um homem, um voto", ou nos termos da Constituição, um voto não teria "valor igual para todos"[carece de fontes]. Esta crítica entretanto não se aplica diretamente ao sistema proporcional, mas sim aos limites específicos impostos pela Constituição no número de representantes de cada estado.

Outra crítica ao sistema proporcional de lista aberta adotado no Brasil aponta a possibilidade de eleger representantes que obtiveram votação inferior a outros que não se elegeram, podendo até eleger candidatos que não obtiveram votos. Um exemplo disso ocorreu na eleição de 2002, quando o candidato Enéas Carneiro, doPRONA, obteve seis cadeiras para o partido somente com os próprios votos. Os eleitos foram Enéas, com 1.573.112 votos; Amauri Robledo Gasques, com 18.417 votos; Professor Irapuan Teixeira, com 673 votos; Elimar Damasceno, com 484 votos; Ildeu Araújo, com 382 votos e Vanderlei Assis, com 275 votos.









Blogueiro Evan de Andrade ,candidato ao senado,esse coloco fé :D





Recebi hoje uma notícia muito boa, fiquei sabendo que 
o blogueiro Evan de Andrade será candidato ao senado!
Super feliz por ele!  \o/
Sucesso amigo, estou torcendo por você!






                               ( Texto retirado do blog dele do dia 26 de junho de 2014 )

                BLOGUEIRO PODERÁ SER CANDIDATO AO GOVERNO DO ESTADO

Neste final de semana, sábado, será a vez do Partido Comunista Brasileiro – PCB realizar convenção, sendo um dos últimos partidos a indicar seus candidatos as eleições deste ano, mas, a agremiação política promete surpresa para o pleito de outubro, principalmente na disputa ao executivo estadual.

Além da escolha dos candidatos a deputados estaduais, federais e senador, o partido também oficializará em ata o nome de seu candidato ao Palácio dos Leões. Já que, no senário nacional, o nome do sociólogo e escritor Mauro Iasi foi indicado como pré-candidato à presidência da república.

Na disputa pela indicação ao executivo estadual estão Aluísio Melo da cidade de Imperatriz e o blogueiro Evan de Andrade, que atualmente coordena a União da Juventude Comunista – UJC no estado.

O evento, antes marcado para acontecer a tarde no Sindicato dos Vigilantes, foi antecipado, pelos convencionais comunistas, para a manhã de sábado, devido ao jogo do Brasil e Chile que acontecerá a partir das 13hs no estádio Mineirão em Belo Horizonte.

Quanto as eleições deste ano, o blogueiro Evan de Andrade, pré-candidato ao governo do estado, antecipa que...“O PCB não vai subir no palanque ou usar o horário eleitoral para atacar nenhum outro candidato, até porque o PCB não é um partido de oposição a pessoas ou governos. Quem é de oposição pode virar governo. E o PCB é um partido de posição, nossa posição é consistente, é firme, é contra esse perverso sistema de corrupção capitalista que diariamente explora o trabalhador negando-lhe dignidade e justiça social” -  assinala.
Apesar do pouco tempo no horário eleitoral, os convencionais do PCB prometem lançar mão de outras mídias gráficas e eletrônicas permitida pela justiça eleitoral para concorrer às eleições ou pelo menos equilibrar a disputa eleitoral, assim os militantes acreditam torna-se na via alternativa para o eleitores maranhenses.

 “O PCB cansou de ser coadjuvante, cansou de “colocar terra na planta dos outros”, já temos maturidade, idade e história para disputarmos qualquer cargo na república. Somos um partido singular. O nosso secretário, Joberval Bertoldo já vem trabalhando pelo crescimento do partido no estado e as eleições de 2014, incorporam esse sentimento de crescimento” - conclui Evan de Andrade, pré-candidato ao governo do Estado.




sábado, 21 de junho de 2014

“...Mas todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar...” Tg 1.19.




Por : Pr. Marcos Tuler

 

DEUS NÃO FALA EM "OFF".

 

Certo dia, entusiasmado com minhas observações sobre “saber ouvir”, decidi fazer uma experiência com meus alunos do curso teológico. No transcurso de uma interessante aula, interrompi abruptamente minha preleção e disse: “Por hoje, é o bastante!” Imediatamente depois, fiz duas perguntas: – No que é que vocês estavam pensando quando interrompi a aula? – O que é que eu estava falando? Não sendo possível detalhar o resultado da minha decepcionante pesquisa, contento-me em apenas informar aos leitores minha infeliz pasmaceira: apenas 28% dos meus alunos, de fato, me ouviam. Os outros, como diriam meus filhos: “estavam em off”; completamente desligados.

Um dos maiores problemas de comunicação, tanto a de massa como a interpessoal, é o de como o receptor, ouve o que o emissor fala. Raríssimas são as pessoas que procuram ouvir exatamente o que a outra está dizendo.

Ouvir depende de concentração. Ouvir é perceber através do sentido da audição. Escutar significa dirigir a atenção para ouvir.

Enquanto uma pessoa normal fala, em média 120 a 150 palavras por minuto, nosso pensamento funciona três ou quatro vezes mais depressa. Conseqüentemente surge um mal hábito na audição: muitas pessoas estão de tal forma ansiosas em provar sua rapidez de apreensão, que antecipam os pensamentos, antes de ouvi-los dos lábios do interlocutor. Isso ocorre quando ouvimos a famigerada exclamação: – já sei o que você vai dizer!

Ouvir, portanto, é muito raro. É necessário limpar a mente de todos os ruídos e interferências do próprio pensamento durante a fala alheia. Ouvir implica uma entrega ao outro. Daí a dificuldade de as pessoas inteligentes efetivamente ouvirem. A sua inteligência em funcionamento, o seu hábito de pensar, avaliar, julgar e analisar tudo interferem como um ruído na plena recepção daquilo que o outro está falando.

Às vezes imaginamos ter tanta coisa “interessante” para dizer, nossas idéias são tão originais e atrativas, que é um castigo ouvir. Queremos falar. Falando aparecemos. Ouvindo nos omitimos. Só ouvir, acreditamos, dá aos outros uma impressão desfavorável da nossa inteligência, por isso falamos, mesmo não tendo nada para dizer. Porém não é esse o conselho bíblico. É melhor ouvir que falar. “...mas todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar...” Tg 1.19.

É através dos sentidos físicos que a alma humana comunica-se com o mundo exterior. No ato de ouvir percebemos e identificamos os sons pelo sentido da audição. Ouvindo atentamente interpretamos e assimilamos o sentido do que percebemos.

Não é de hoje a dificuldade que as pessoas têm de ouvir atentamente o que os outros falam. O próprio Senhor Jesus discorreu sobre o tema quando explicava a seus discípulos a razão de falar-lhes por parábolas. Naquela ocasião o Mestre usou a seguinte expressão: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça...” Mt 13.9. Segundo Champlim essa expressão, inclusive usada por Jesus outras vezes, – sob diferentes circunstâncias (Mt 11.15; Mc 4.9,23; Ap 2.7,11,17,29; e 3.6,13,22), era um ditado comum entre os judeus, empregado especialmente pelos rabinos.

“O adágio era usado para chamar a atenção para a importância do ensino apresentado, o sentido oculto do ensino e a total compreensão do que fica subentendido no ensino. Jesus queria dizer que os seus ensinos deveriam ser ouvidos com atenção e diligência, e que por ausência disso, muitos não poderiam compreendê-lo”.

Naturalmente que os ouvidos foram feitos para ouvir. Jesus usou o pleonasmo para realçar seus verdadeiros propósitos. Não era suficiente apenas ouvir no sentido de identificar os sons das palavras, era necessário interpretar o sentido delas para pratica-las. Significa: ter ouvidos com capacidade para ouvir e entender os mistérios de Deus. Jesus estava dizendo que, falando por parábolas nem todos teriam capacidade de ouvir e compreender o pleno sentido de suas palavras. “Ouvindo, não ouvem, nem compreendem” (Mt 13.13). Ouviram com os seus ouvidos os seus ensinamentos, mas permaneceram surdos para as suas implicações. Isto porque a eficiência do aprendizado através da audição depende da predisposição da pessoa, ou seja, a atitude mental de quem ouve é imprescindível.

Deus outorgou ao homem meios para conhecer a personalidade divina, mas o uso desses meios não é obrigatório. Os indivíduos, por sua própria vontade, podem “fechar” seus ouvidos.

Infelizmente em nossas igrejas muitos ouvem a pregação da Palavra de Deus apenas para cumprir um protocolo eclesiástico. Conforme o dito popular, as palavras “entram por um ouvido e saem por outro” sem sequer serem compreendidas racionalmente. Que dirá refletidas e interiorizadas pela alma e espírito.

Caro leitor. Saiba de uma coisa: Deus quer faze-lo conhecedor de seus inimagináveis segredos. Disponibilize os ouvidos à voz de teu sublimado Senhor. Não basta falar com Deus, é necessário ouvi-lo.

 

O sentido da parábola do semeador

Ao ouvirem a parábola do semeador contada pelo Mestre, os discípulos não hesitaram em questioná-lo. Queriam entender o porquê Jesus ensinava ao povo por parábolas. Recordando a profecia de Isaías concernente ao endurecimento do coração do povo: exteriorizado na verdade pela “proposital incapacidade” de aplicar plenamente os sentidos aos desígnios de Deus.

Jesus deixou claro que não se trata de omitir ou obscurecer a mensagem simplesmente para dificultar a compreensão, e sim, promover interesse genuíno, estimulando a plena concentração do ser total no conhecimento do Reino de Deus.

Analisemos agora o sentido da parábola do semeador pelo prisma da percepção auditiva:

A semente ao pé do caminho representa aquele que ouve a Palavra de Deus mas não entende. Não entende porque está indiferente à mensagem. Trata-se do ouvinte desinteressado. A indiferença é incompatível com qualquer forma de aprendizado; é incompatível com a audição. Ouvir é um ato voluntário e consciente. Você ouve porque quer ouvir, e não ouve porque não quer ouvir. Desse modo podemos dizer: o pior surdo é o que não quer ouvir. Se alguém decidir não ouvir, quem irá persuadi-lo do contrário?

A semente que foi semeada entre os pedregais representa aquele que ouve, compreende, recebe com alegria, mas não permanece em Deus porque ouve com impaciência. É preciso gastar tempo para ouvir. Às vezes a pessoa ouve a Palavra com impaciência: por estar pensando num outro compromisso, por não estar de acordo com quem está falando, ou simplesmente por estar cansada e desejar estar em outro lugar. Inicialmente a impressão é que ela compreendeu tudo; ouviu atentamente a mensagem, porém, mais tarde verifica-se que a semente que germinou não estava aprofundada na terra. Estando na superfície, o sol queima o fruto da empolgação e do emocionalismo.

A semente semeada entre espinhos representa aquele que ouve a Palavra mas os cuidados deste mundo e a sedução das riquezas o sufoca e fica infrutífero. O cuidado deste mundo e a sedução das riquezas pode aqui referir-se conotativamente ao materialismo, ao antropocentrismo, à racionalização de tudo, ou seja: ouvir com atitude egoísta, como dono do mundo, da situação e do conhecimento. Não conseguimos ouvir o discurso dos outros porque não somos nós os oradores. Interessados em nós mesmos, achamos os outros insignificantes, consequentemente sem mensagem.

Quando conseguimos deixar de lado o egoísmo com o objetivo de ouvir, descobrimos que as pessoas na realidade são brilhantes, criativas, ideativas ou no mínimo têm “algo para nos acrescentar” ou compartilhar. Por último, quando a semente cai em boa terra, ou seja, num coração e ouvido receptivo à compreensão da palavra, insurge uma colossal árvore, frondosa e frutífera.

Como já percebemos, a importância do saber ouvir não está limitada ao contexto das relações humanas, ou mesmo na compreensão dos mistérios do Eterno. O Senhor precisa falar-nos “face a face”; deseja comunicar-se conosco em linha direta, sem reservas ou restrições protocolares. Ele fala em nosso íntimo, imprimindo-nos sua palavra de modo tão maravilhoso que, se inclinarmos legitimamente nossos ouvidos, ouviremos não somente a sua voz, mas, as batidas do seu coração junto ao nosso. Você está sensível à voz do Senhor? Está conectado à Fonte geradora da graça?

Em 1 Samuel 3 1-10 lemos um episódio emocionante que nos mostra quão relevante é inclinar os ouvidos à voz do Todo-Poderoso. Deus chamou a Samuel por três vezes, porém, o jovem se reportara a Eli imaginando ter sido chamado pelo senil sacerdote.

O texto diz que “Samuel ainda não conhecia ao Senhor”, ou seja, não estava acostumado a ouvir a sua voz. Eli ao perceber que Deus queria manifestar-se particularmente ao moço, instruiu-lhe quanto a resposta ao chamamento divino. O futuro consolidador da nação hebraica deveria evidenciar plena disponibilidade e reverência à fala do Deus de Israel: “...Fala Senhor porque o teu servo ouve”. Será que ele não tinha ouvido o Senhor chamar-lhe nas outras vezes? Claro que sim! Porém, era imperioso não apenas ouvir, mas reconhecer a voz do Senhor, ou seja: ouvir tão acuradamente ao ponto de perceber que aquela voz não assemelhava-se a nenhuma fonação humana. Deus sempre está pronto para falar conosco, mas nós, nem sempre estamos em condições de ouvi-lo ou nos aplicarmos a ouvir a sua voz.

Quando em oração adorares a Deus, silencia tua alma para ouvires seus conselhos, consolo e repreensões. Não te preocupes com o tempo. Não te apresses em sair de Sua presença. Contempla-o na beleza de Sua majestade, e permite que a voz do Altíssimo permeie e ecoe em teu ser.

 

Fonte:http://prmarcostuler.blogspot.com.br/2010/02/deus-nao-fala-em-off.html?m=1

Diga NÃO a adultização infantil!








                                                   

                          OS PERIGOS DA ADULTIZAÇÃO INFANTIL



Por: Marcos Tuler

“Tudo o que será aprendido deve ser disposto segundo a idade, para que nunca se ensine nada que não possa ser compreendido”. (Comenius – Didática Magna)


“O aprendizado depende do nível de desenvolvimento do indivíduo. Ele não pode aprender o que suas estruturas cognitivas ainda não podem absorver” (Piaget).

“Quando eu era criança falava como criança, sentia como criança, discorria como criança” (1 Co 13.11).

INTRODUÇÃO
Hoje em dia, as crianças estão se comportando como se fossem “pequenos adultos”. Cada vez mais cedo, elas assumem responsabilidades, disputam posições em determinadas atividades, buscando múltiplas competências. Desprotegidas, recebem de forma direta a influência de uma sociedade que exige seres perfeitos. 
Como se isso não fosse bastante, muitos pequenos sentem o peso das exigências de “gente grande” como a falta de dinheiro ou o problema do desemprego na família. 
Esse seminário tem por objetivo questionar a adultização da criança nos dias atuais, discutir suas principais causas e consequências, e apontar a necessidade de mobilização de toda sociedade, especialmente a cristã, a fim de resgatarmos a infância perdida de nossas crianças. O que podemos fazer como cidadãos, pais e educadores cristãos, diante desse processo de adultização da infância? Afinal, o que é infância?

I. A INFÂNCIA CONSIDERADA HISTORICAMENTE
1. A infância na Idade Média.
Até o século XVI, as crianças eram vistas como “adultos em miniatura”; símbolo da força do mal; um ser imperfeito esmagado pelo peso do pecado original, ou simplesmente um companheiro natural do adulto. 
Neste sentido, a infância era concebida apenas como um percurso para a vida adulta. Uma visão negativa, pois, nesta idéia, a criança seria um ser inacabado; sem nada específico e original, sem valor positivo. 

2. A infância resgatada nos tempos modernos.
No decorrer da história da infância aconteceram diversas transformações do pensamento social em relação á família e á própria infância. A partir do século XVI começa a surgir na sociedade o sentimento e a idéia de infância. A criança, antes relegada ao último plano, passou a conquistar seu espaço social. Desde então, surgiram várias pesquisas fortalecendo o reconhecimento cultural dos pequenos. 
Dentre os pesquisadores, Jean Jaques Rousseau (séc. XVIII) merece notoriedade. Em sua obra “Emílio”, na qual defendeu a criança como detentora de uma natureza própria que deve ser desenvolvida, assim asseverou: “A infância é, também a idade do possível. Pode-se projetar sobre ela a esperança de mudança, de transformação social e renovação moral”. E tal visão, perpetuou-se ao longo dos tempos ainda que de forma não linear.

3. A infância nos dias de hoje.
A idéia de infância ressurge fortemente com a sociedade capitalista, urbano-industrial, na medida em que muda a inserção e o papel social desempenhado pela criança na comunidade. 
No decorrer dessas transformações e devido ao amadurecimento do pensamento social, a criança passou a conquistar seu reconhecimento na sociedade. A segunda metade do século XX é considerada o período da legitimação do direito da criança. Ela deixa de ser uma “criança-adulto”, para ser um sujeito social. Todavia, é preciso destacar que junto a essas conquistas de reconhecimento dos direitos da criança e sua valorização surgiram também determinadas condições. A mesma sociedade que legitima esse ser social usa de poder para manipulá-lo e sujeitá-lo às novas correntes de pressão social. O cenário da criança hoje, devido a diversas circunstâncias, aponta para uma infância a caminho do desaparecimento. Uma fase que após anos de construção, encontra-se em processo de extinção. 

II. OS VILÕES DA INFÂNCIA
Durante muitos séculos a sociedade agiu de maneira indiferente com relação à infância. As crianças, de maneira muitas vezes sutil ou subliminar, são pressionadas a serem pequenos adultos. Imitam hábitos e costumes dos adultos e muitas vezes já nem sentem alegria pela infância, seu desejo é alcançar a maioridade. 
1. As mídias, de modo geral. Em se tratando de poder, as mídias são atualmente fortes instrumentos de influência e manipulação na educação e construção desses novos seres “adultizados”. No Brasil, as músicas que as crianças cantam, não são mais tão infantis. As maquiagens, roupas e calçados copiam o adulto como se os gostos fossem os mesmos. As danças sensuais e canções com palavras obscenas já fazem parte do repertório preferido dos pequenos. Meninas usam roupas e objetos que estimulam a sexualidade precoce, assistem aos mesmos programas de televisão e falam a mesma linguagem dos adultos. Garotinhas usam salto alto e meninos de apenas cinco anos de idade já querem se vestir como adultos e já não aceitam usar roupas que possuam qualquer desenho infantil que os faça parecer crianças. Abraçar e pegar na mão do filho é considerado motivo de vergonha. Crianças trabalham e apresentam programas de televisão.
2. Videogames e filmes. Os jogos infantis também mudaram, a diversão agora são os videogames e os filmes repletos de violência. Os brinquedos já vêm prontos, tudo é industrializado, só é preciso manusear. Campeonatos infantis é atração para os pais, que cobram dos filhos ótimos resultados de placar. E quanto a alimentação não há mais distinção entre o lanche do adulto e da criança, todos devem saborear os deliciosos "hambúrgueres" em qualquer tempo. Sem falar da literatura infantil que também está mudando. Até as ruas que antigamente eram lugar de socialização, hoje refletem a falta de relacionamento e interação entre pessoas. 

III. REAIS OBJETIVOS DA ADULTIZAÇÃO
Mas afinal, qual a razão de se negar às crianças a alegria das brincadeiras espontâneas? Por que lhes podar a criatividade de fabricarem seus próprios brinquedos? Qual o motivo da sociedade aplaudir tudo isso como se fosse algo natural?
1. Interesse econômico. O fato inegável é que há um interesse econômico por detrás desta realidade. Uma intenção que possui um objetivo: educar as crianças a serem consumidores em potencial. Educar para o consumo e para a submissão de idéias. Produzir consumidores mirins que satisfarão cada vez mais os desejos desse sistema que insiste em condicionar o verdadeiro sentido da infância ao status, dinheiro e mecanização. As crianças estão sendo pressionadas a crescerem depressa, quando na verdade deveriam respeitar seu processo de desenvolvimento, pois não pensam, não sentem nem aprendem como os adultos. Elas precisam de tempo para crescer e pressioná-las a viver como adultas só produzirão seres com dificuldades, inseguranças e conflitos no futuro. 

IV. ADULTIZAÇÃO NO ÂMBITO DA IGREJA
1. Cantores, pregadores e mestres mirins. Muitas crianças têm perdido a infância por conta de certos “educadores” que no intuito de realizarem nelas o que gostariam para si mesmos, podam-lhes a alegria, a imaginação, a inventividade e o divertimento. Às vezes, são pais que gostariam de ser cantores, pregadores ou professores de escola dominical, mas que por falta de vocação natural, ou até mesmo de uma chamada divina específica, projetam nos filhos, seus sonhos ou objetivos não-realizados. 
Quem nunca viu um menino com menos de dez anos vestido de terno e gravata, cantando, pregando ou dirigindo um culto. E na escola dominical, quantas meninas e meninos são colocados à frente de uma turma, quando na realidade, deveriam estar aprendendo em uma classe de sua faixa-etária.

V. O QUE É SER CRIANÇA? O QUE DIZ A PEDAGOGIA ATUAL?
Na verdade, o que se fala hoje a respeito da infância não condiz com a realidade das nossas crianças, nem com o que fazemos com elas. 
É preciso resgatar a verdadeira infância, na qual há um mundo de fantasia, imaginação, criatividade e brincadeiras. Aqui entra o papel do pedagogo cristão, pois como estimulador do conhecimento, poderá trazer para o espaço da escola dominical desafios e valores que conduzam seus alunos a descobrirem a verdadeira identidade da criança segundo os ensinamentos da Bíblia. 
Poderá trabalhar dentro dos estágios de desenvolvimento da criança, incentivá-la na leitura da vida e não apenas da palavra, estimulando-a a ler nas "entrelinhas" e a constituir-se como um cidadão capaz de transformar sua própria realidade. Como educador evangélico poderá também questionar junto aos educandos a postura das mídias e se posicionar como um instrumento iluminador de pensamentos e idéias. 
Aqui entra a intervenção dos pais, professores de escola dominical, pastores, e de toda a sociedade, que precisa romper com os muros do doutrinamento consumista. Devemos exigir dos setores sociais, inclusive da própria família, da igreja e dos setores de comunicação, uma educação que valorize mais o ser do que o ter. Uma censura a ser respeitada, digna do público infantil e até a criação de um código de defesa do telespectador ou leitor de mídias. É preciso acreditar numa educação de qualidade para todos, a qual prepare as crianças para conhecer, fazer, ser e conviver. 

CONCLUSÃO
A história da criança não deve retroceder a um passado de isolamento, e sim estabelecer-se como a história de um sujeito possuidor de direitos, inclusive o direito de voz e o de não ser manipulado pelos adultos. Está-nos proposto o desafio: protegeremos a infância ou continuaremos a reproduzir os interesses de um sistema que insiste em nos dominar?




Pr. Marcos Tuler é pedagogo, escritor, conferencista e reitor da FAECAD (Faculdade de Ciência e Tecnologia da CGADB). 













sexta-feira, 13 de junho de 2014

Os 9 tipos de comentaristas da Copa no Facebook






Agora não tem mais jeito. A bola já está rolando pelo Brasil inteiro, e #VaiTerCopaSim. Depois do pontapé inicial (com direito a exoesqueleto ignorado pelas emissoras de TV), começou a Copa e com ela chegaram os comentaristas de Facebook, cada um com um comportamento diferente em relação ao torneio.
Nós, do Olhar Digital, não estamos alheios à competição e conseguimos observar alguns perfis padrão de comentaristas de Copa no Facebook. Vamos a eles:


1 “Brasileiro desde criancinha”
Com esta pessoa não tem conversa. É Copa do Mundo, amigo, e a seleção brasileira está jogando. É hora de comemorar o gol do Brasil, acompanhar todos os jogos e torcer pelo título, independente se houve ou não abusos com dinheiro público ou violação de direitos. Vale pintar o rosto, fazer e postar selfies com o uniforme verde-e-amarelo, chamar amigos por eventos na rede e encher os posts com hashtags otimistas.

Frase típica: “VAI BRASIL!!!”

2 Questionador
Não consegue se desligar do futebol e gosta de acompanhar a Copa, mas também não consegue ignorar os problemas enfrentados pelo país para a realização do evento.Compartilha frequentemente notícias sobre atraso nas obras, destaca os protestos e questiona a validade de sediar o evento com o argumento de que o país deveria destinar recursos para educação e hospitais, não para futebol.

Frase típica: “Com Copa ou sem Copa, a repressão aos protestos não é natural”

3 Piadista
Curte mais a “zuera” do que o futebol em si e vai compartilhar todas as piadinhas que aparecerem em seu feed. Na verdade, ele assiste ao jogo atrás do comentário sagaz que lhe renderá algumas curtidas.

Frase típica: “Marcelovic”

4 O "PVC", em referência ao comentarista Paulo Vinícius Coelho
É fã de futebol demais para torcer para qualquer seleção. Quer saber de todos os jogos, não para apoiar alguma das equipes, mas para admirar quesitos táticos e técnicos; no máximo, torce por jogos de qualidade.

Frase típica: "Qualquer uma que faça referência a táticas usando números como '4-4-2', ou criticando tecnicamente a participação de um jogador.

5 Do contra
Existe quem não gosta da seleção brasileira de futebol, mesmo sendo brasileiro, por inúmeros motivos: insatisfação política, falta de de empatia com os jogadores ou simplesmente sadismo por ver seus compatriotas se dando mal. De qualquer forma, esta pessoa torcerá contra o Brasil sempre que possível, e, claro, deseja ver a Argentina campeã em pleno Maracanã lotado.

Frase típica: “Gol da Croácia!!!”

6 Oba-oba
O futebol fica em segundo plano, mas não por motivos políticos. Ele está preocupado com o churrasco, entornar a cerveja e fazer a festa, mesmo que a bola rolando seja apenas um detalhe. Na verdade, se ele estiver em condições físicas de assistir ao jogo, fracassou em sua missão.

Frase típica: Não tem. Vai postar uma foto tirada com os amigos, a carne e as bebidas, talvez com a legenda “iniciando os trabalhos”.

7 O desconfiado
Não consegue ter “patriotismo de futebol” o suficiente para curtir cegamente a vitória do Brasil sobre a Croácia com ajudinha do árbitro. Pode postar alguma teoria da conspiração de favorecimento ao escrete nacional ou fazer comentários mais sutis sobre isso.

Frase típica: “Essa Copa tá comprada!”

8 Esculhambador da República
Não quer saber de Copa. Era a pessoa que usava a hashtag #NãoVaiTerCopa e está insatisfeita com o modo como o evento foi conduzido desde 2007 e desistiu de acompanhar o futebol durante a competição. Ele pode até gostar de bola, mas a insatisfação é grande demais para se divertir, logo, vai usar as redes sociais para manifestar desaprovação aos responsáveis.

Frase típica: Alguma criticando a presidente Dilma Rousseff

9 O chato
É o esculhambador que decide criticar e atacar aqueles que decidem curtir a festa que é uma Copa do Mundo. Não aceita que as outras pessoas apoiem o Brasil, não quer que seus amigos vão ao estádio e critica qualquer publicação relacionada ao evento. Em ocasião do jogo do Brasil, pode mandar as pessoas "lerem um livro" ou então deixar claro que não está assistindo à partida por fazer alguma outra coisa "mais útil".

Frase típica: “Enquanto você grita gol, eles te roubam”. Pode usar frases como “alienado” e “pão e circo”.